quinta-feira, novembro 29, 2007

Honeymoon – Part II – Colônia de Sacramento

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Acordamos e o cansaço era visível, então mudanças de plano foram necessárias. Nossa idéia inicial era partir direto para BA e só no retorno conhecer efetivamente a cidade de Colônia. Mas o bom de uma viagem a dois e sem pacote é poder alterar as rotas. Pedimos para a recepcionista ligar para o ÍBIS-BA e solicitar a troca de nossa reserva. Com nossa solicitação atendida partimos para desvendar a pequena ciudadela.

Infelizmente o São Pedro não colaborou muito (e ele fez isso durante toda nossas férias!). O tempo estava cinzendo e chuvoso, o que realmente prejudica um pouco as fotos, mas nunca a beleza do lugar. Tínhamos visto um pouco mais cedo no hotel que a prefeitura disponibiliza passeios guiados a tarde desde que não haja chuva. Porém, quando saímos do hotel estava chuviscando que nem nos demos o trabalho de procurar esse serviço. Ledo engano! Depois acabamos cruzando com o grupo guiado e foi uma pena termos perdido. De qualquer forma, eu havia preparado um book sobre a Colônia, portanto não estávamos tão desconectados da história do lugar.

A história da Colônia de Sacramento é marcada por disputas entre Portugal e Espanha. Não vou descrever a mesma, porque não sou tão boa em história e também porque acho legal descobrir essas coisas procurando na internet. Mas adianto que vale a pena. Bom voltando para o passeio, existem dois pontos a serem visitados na cidade: um o centro histórico e o segundo é o que eu vou chamar de mini cais do porto.


O primeiro é uma passagem de ida direto a época colonial, através de uma máquina do tempo. Principalmente porque há uma nítida separação entre a moderna Colônia e a antiga. O centro (não necessariamente geográfico) se encontra em uma ponta quase que acuado pela civilização. Logo que adentramos podemos ver que as casas estão muito bem preservadas e as ruas de pedras são encantadoras. Todas as ruelas foram feitas inclinadas de modo que a água da chuva não criasse poças. (Nenhuma novidade para quem já conheceu Ouro Preto, mas não deixa de ser fascinante).

O Farol é um ponto de visitação obrigatória. Primeiro porque lá de cima é possível enxergar toda a cidade. Segundo porque se o tempo não estiver ruim, dizem, dá para ver BA do outro lado do Rio da Prata. Eu, como já sabem, só pude aproveitar a vista e já valeu a pena. O custo para subir é ridículo: 20 pesos uruguaios ou 2 argentinos (Sim. Eles aceitam a moeda Argentina em toda cidade devido ao intenso fluxo de hermanos.).


Para o almoço optamos por um Chivito al plato e uma Patrícia bem geladinha. O prato era tão grande que não deu para comer tudo. Mal sabíamos que a partir daquele momento só veríamos “milanezas e papas fritas” como se fossem nosso feijão com arroz. Por falar nesse último, prepare-se, definitivamente esse cereal fundamental para os japoneses e básico para nós não é muito apreciado por lá (pelo menos nos restaurantes mais populares). Para terem uma idéia do desespero cheguei ao cúmulo de pagar 10 reais por uma porção minúscula de arroz branco. O forte lá é mesmo as batatas. De todos os tipos: fritas, cozidas, em forma de purê, ala Provençal... etc.




Andamos mais um pouco pela cidade para fazer um reconhecimento da área e fomos comprar as passagens do BuqueBus (serviço de transporte náutico que faz o trajeto Colônia-Buenos Aires). Não fizemos nenhuma reserva prévia e não tivemos nenhum problema de disponibilidade. Os barcos partem diariamente e possuem uma escala de horários bem interessante. Claro que optamos pela rota mais curta que apesar de mais cara vale a pena. A outra rota leva 3 horas (a nossa levou 1 hora) e os horários não são tão atrativos. Um conselho: não leve o carro para BA. O custo para transportar o carro ida/volta é altíssimo, o táxi em BA é ridículo de tão barato, e o trânsito de BA definitivamente não é para nós. Eu que não sou boba nem nada, já havia pesquisado na internet sobre o assunto e previamente combinei com o hotel para deixar nosso carro por lá até retornarmos. Quem não quiser essa opção existem garagens bem localizadas que cobram 40 reais por mês. O que convenhamos não é nada.





Voltamos para o Bahia Playa para descansar e preparar as malas. O jantar foi lá mesmo, uns deliciosos sorrentinos de jamon e queso. Pena que não tirei nenhuma fotinho...