quinta-feira, dezembro 07, 2006

Ainda São Paulo - 25 de Março – Ame-a ou deixe-a.

(um a parte.. já escrevi esse post faz tempo, mas justamente pela falta do mesmo é que não estou conseguindo atualizar meu blog. Tenho tantas coisas para postar: meu afilhadinho na barriga da mummy; o bordado em ponto cruz que estou fazendo; o Natal minha gente, o natal!;) Vamos ver consigo fazer isso semana que vem. Enquanto isso fiquem com minha saga por Sampa)



Acordamos super animados depois de uma noite regada a muito vinho e papo gostoso. Até Luiz Caldas fez um “revivel” na nossa cantoria. Tomamos um pretinho básico e partimos para nossa aventura. Fomos de metrô. Aqui devo fazer um a parte. Quando me disseram que o mêtro de São Paulo era melhor do que o de outros lugares do mundo, fiquei descrente, mas, na verdade, ele é realmente excelente. Rápido, limpo, organizado. Quisera eu Porto Alegre tivesse esse sistema de transporte.

Voltando para nossa aventura, chegamos na “boca” da 25 de Março por volta das 10:30h. Parecia tranquila, sem muito movimento. Entramos no primeiro boteco que vimos para tomar nosso café da manhã (nada light, diga-se de passagem) e outra boa surpresa: bom atendimento, limpeza e 2 esfihas muito deliciosas. Bem alimentados fomos adentrando a galeria com a sensação de que ali faríamos “bom negócio”. Acabei comprando uns apliques fofissimos de strass para colocar em camisetas. Um da Hello Kitty, outro do Snoop, uma libélula, uma flor e uma santa pra dar para minha colega. Não consegui resistir e comprei uma bolsa da Betty Boop, que eu gostaria que fosse de couro, mas ai também já era querer demais!

Nesse ponto já estava super confiante que tinha feito a escolha certa: realmente iria encontrar tudo na 25 por uma penxincha. Andamos mais 2 quadras e ai realmente chegamos ao coração da muvuca. Um fervilhão de pessoas comprando, vendendo, roubando, prendendo. Juro que é de assustar qualquer ser humano!

Entro na primeira primeira galeria, “obscura”, com um trilhão de pessoa tentando caminhar em 2 m2. Mais parecia um formigueiro onde o único objetivo era comprar, comprar e comprar. O Neni já estava nervoso com minha mania de parar no meio do corredor para tentar olhar as coisas. “Fica enconstada na parede. Não para na fila”, dizia ele, já nervoso. E eu achando que isso era mais uma mania de virginiano.. ahã... Enquanto tentava conversar uma coreana prá lá de grosseira, uma moça para no nossa frente e diz: “Me levaram tudo! O que eu faço?”. Olhei meio sem entender o que estava acontecendo, quando de repente olho para a bolsa da mulher: um imenso talho de fora-a-fora. Sim. Haviam passado gilette na bolsa da mulher. Levaram tudo, não deixaram nem um centavo para contar história. Tudo. Absolutamente tudo! Fiquei apavorada. Queria sair dali o mais rápido possível. Só conseguia pensar nos meus cacarecos que estavam na minha bolsa. Na minha carteira com todos os meus documentos e dinheiro. Quando conseguimos sair daquela muvuda o Neni me conta que era por isso que ele ficava insistindo para eu não parar no meio. É no meio que os ladrões agem. As pessoas ficam destraídas e com um monte de gente empurrando que nem nota quando passam a gilete. Quando percebem já é tarde demais.

Saímos da galeria e eu estava disposta a ir embora. Desistir mesmo. Aquele lugar não era para mim. Meu medo de multidão começou aflorar. Mas o Neni me convenceu que não precisa ficar nervosa, que o importante era prestar a atenção a tudo e a todos, e colocar a bolsa bem na frente para não dar chance aos bandidos. Então tá. Continuamos nossa empreitada.

Fui entrando e saindo de tudo que é loja e nada. Nadica mesmo. Os enfeites de natal que eu procurava estavam com preços absurdos. ( Aqui vale um a parte. Absurdos para o que eu achava que deveria ser o preço a ser pago por todo o sacrifício de andar com os nervos a flor da pele.) Andei e andei e tudo para mim parecia ou sem qualidade ou com preços similares a lojas normais. Ou seja, para mim não valia a pena tanto stress.

Não.. é óbvio que não sai sem comprar nada. Ora bolas sou uma mulher! E consumidora! Pois sim. Acabei encontrando uns enfeites que não eram barbadas, mas estavam razoáveis. Comprei uma linda caixa de música a corda com o papai-noel sentado em uma cadeira de balanço, pra lá e pra cá. “I wish you a merry christmas.. I wish you a merry christmas .. and a happy new year.” Amei. Depois comprei para o Érico (meu quedido afilhadinho que ainda não nasceu) aqueles móbiles para pendurar em cima do berço: um sapo rei que se move enquanto toca aquelas canções de ninar. Coisa mais fofa.

Já estava partindo de minha grande aventura quando percebo que bem na minha frente estava o Paradise. Isso mesmo, Heaven my friends! Uma mega loja de bijou com preços realmente atrativos. É claro que não me contive. Comprei um monte. Não tanto quanto gostaria, mas foi o suficiente para me fazer uma mulher feliz.

Compras feitas. Desejo Realizado. Era hora de ir embora. Mas ainda tinha o “gran finale” a nossa espera. Batida do Rappa (fiscais da prefeitura, mas duvido que ninguém saiba). Gente, confesso que nunca tinha visto nada parecido da minha vida toda! Foi como ser atropelada por uma manada. O povo corria feito louco. Literalmente se jogava na frente dos carros que passavam em uma avenida movimentadíssima. Ah! Um dica, que pode salvar tua pele: sai da frente! Ahã. Sai da frente ou eles te atropelam. Eu fiquei que nem uma abobada olhando de um lado para o outro sem reação. Foi o Neni que me puxou antes que um camelô me jogasse no chão. Ficamos ali enconstados em um poste esperando tudo passar. Experiência bizarra.

Exaustos era o fim da linha. Fomos para casa.

De tudo, ficou a certeza que a rua 25 de março “não me pertence”. Não faço parte daquele habitat. Não suportaria tamanha loucura outra vez. Descontos existem, mas não valem o sacrifício.

Os: é claro que a loja que descobri de bijou é tudo! Na próxima vez, eu vou direto nela e era wilson.. hehehe