terça-feira, fevereiro 27, 2007

Sonhos bizarros

Nessas últimas semanas tenho tido, cada vez mais, pesadelos horríveis. Nenhum deles faz muito sentindo se olhar o aspecto geral, mas se eu der uma olhadinha nos detalhes, ai sim, vejo o significado.

Os pesadelos estão refletindo minhas preocupações com minha festa de casamento. A falta de grana, o ajuste de expectativas, as comparações com os outros casamentos da família. Eita que tá difícil.

Mas "não podemos se entregar pros homens de jeito nenhum".

Ontem, fui em outra gráfica e dessa vez parece que vou conseguir o convite mais próximo do que sonhei, com um preço justo. Devo receber o orçamento hoje. Tomara que sim.

Tenho muitas coisas pra ver ainda. E parece que não é tão simples quanto se parece organizar uma festa com um budget limitado. Temos que aprender a ceder.. a trocar e até a desistir de algumas cositas, mas o principal está ali. O amor! E é isso que importa.

See ya,

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Dúvida cruel

O quê dizer quando alguém do teu lado, que é seu colega, mas que você não tem a menor intimidade, que você acha até bacana, rapaz com potencial, vira e fala com a maior naturalidade: "para dar menas atrito"?
Se mata? Mata ele? Ou fica calada, pensando: "puxa! eu deveria ter corrigido ele, mas ai eu é que ia passar por ignorante..."
Na dúvida, a terceira opção é sempre a mais indicada. Afinal, cuida do que é teu, pq a chance de a boa intenção ser interpretada como grosseria, intromissão, é de 200%.
E assim é a vida...

Energia Positiva e os recadinhos de Deus!

Estava vindo para meu trabalho hoje de manhã, meio down. Estou tendo alguns problemas de budget para a realização do meu casamento. Fora isso o Neni está prá lá de estressado com o volume de trabalho. Mas estamos juntos e isso é o importante.
Ele colocou a música do Jimmy Cliff que ele adora e meio que passou a ser nossa canção "You can get it if you really want" e colocou a mão dele sobre a minha enquanto dirigia. Meu coração fico em paz e pensei "como eu o amo".
Larguei ele no serviço e vim para o meu. Fiquei olhando o nascer do sol que estava particularmente radiante, e no rádio começa a tocar: "Dont worry be happy".
Puxa! É ou não é um recadinho do Senhor? Adoro quando ele me dá essas pequenas lições quando menos espero. Quando meu coração mais precisa. Coisa boa.
Então, vou tentar repetir durante o dia, semana, mês e ano:
DONT WORRY BE HAPPY

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Valentine´s Day


Para o meu amor, com todo meu coração!
Te amo muito! Serás eternamente meu valentine!




terça-feira, fevereiro 06, 2007

Antônio Prado

Feriadinho de Nossa Senhora dos Navegantes. Fomos arejar a mente e espírito em Antônio Prado. Quem não conhece essa cidadezinha, não sabe o que está perdendo. Paz, tranqüilidade, gente hospitaleira e muita simplicidade esperam pelos visitantes. Estávamos justamente em busca de um retiro aonde pudéssemos carregar as energias e esquecer de todos e de tudo. Saímos de POA na sexta de manhã, sem muito compromisso de horário. Chegamos na cidade e fomos direto para pousada, pois os donos já nos aguardavam para o almoço. São 6 km de estrada de chão, através de uma natureza exuberante, até a Pousada Zanotto. Quando eu vi a nossa cabana, achei que nada poderia atrapalhar nosso descanso. Fiquei super feliz de ter feito a escolha certa, pois tinha feito todas as reservas pela internet.
Muito engraçado, foi que logo que entramos para largar nossas bagagens demos de cara com uma amiga que nos acompanhou até o penúltimo dia. O que vocês acharam dela? Simpática, não? Eu sei.. eu sei. Mas eu adoro todos os tipos de rãs, sapos, pererecas desde criança. Então ao contrário do que a maioria das mulheres, fiquei encantada com nossa visitante. eheheh
Nossa pequena amiguinha


O almoço foi simples, mas bem caseiro e saboroso: tortéis, salada de rúcula, tomate, cenoura, ovinho de codorna. Tudo vindo da horta, sem nenhum “veneno”, como fizeram questão de frisar nossos anfitriões. Polenta bem molinha. Daquelas feitas de farinha de milho de primeira. Queijo colonial a milanesa. Galinha caipira (dessa, devo confessar, não gostei muito) ensopada. Pão sovado. Tudo regado a muito suco de uva natural e vinho da colônia Peninha, que acabamos não tirando nenhuma foto das nossas refeições.

Claro que depois de uma refeição como essas, tínhamos que aproveitar o silêncio do paraíso e “tirar uma sonequinha”, antes de nos aventurar pela “grande” cidade. Deitamos em lençóis que estavam cheirando a amaciante. Que delícia!

Acordamos lá pelas 4 horas da tarde (isso mesmo! Sem compromisso foi nosso lema!) e fomos direto percorrer as casas históricas tombadas pelo patrimônio histórico. O bom de cidadezinha pequena é que dá pra conhecer tudo, sem precisar percorrer milhas e milhas. A primeira casa que visitamos foi a “Casa da Neni”. Por razões óbvias, acabei gastando um pouco mais do que esperado em artesanato local. Mas não foi nem a metade do que gostaria de ter gasto. A parte engraçada, foi eu pagando um gorila ao perguntar para a balconista se ela aceitava cartão. Ela sorriu e muito simpática me informou que dificilmente eu conseguiria pagar qualquer coisa em cartão na cidade. É isso aí...Ou se paga em dinheiro ou em cheque. Cartão? Na, nan, nan, não! Tuuddddo bem. Então vou ter que sacar um pouquinho de dindim. Tem Bradesco? Não! Tem Itaú? Não! Então tá, então. Vou me limitar ao budget da carteira. Agora dá para entender, porque não comprei tudo o que queria, certo?
Artesanato Casa da Neni

A próxima casa era a da Secretaria do Turismo. A “molto gentile” Giuliana, nos recebeu calorosamente. Já de cara, foi nos dando o mapa das casas tombadas. Informou que infelizmente a empresa que fazia o “turismo-aventura” tinha fechado na semana anterior, mas que poderíamos ligar para a outra pousada da cidade, que eles faziam esse tipo de passeio. Acho que pela minha cara de decepção, ela nos convidou para dar um pulinho na amostra fotográfica da cidade que estava fechada, mas ela abriria para a gente dar uma olhadinha.

Nossa guia Giuliana


Atravessamos a praça central da cidade e fomos parar na outra casa da madeira. Confesso que não me impressionei no primeiro instante. Me pareceu apenas uma amostra de fotos antigas da cidade. Só que logo, logo essa impressão desapareceu. Nossa guia emprestada nos contou de toda a evolução da cidade, nos explicou o que eram “as casinhas religiosas” que havíamos visto pelo percurso. Que na verdade se chamam Capitéis e são pequenos locais de oração que a comunidade construía para rezar, já que o percurso até a Matriz era penoso e longo. Explicou que os italianos sempre foram muito religiosos e os capitéis eram os registros dessa fé. Atualmente existem 21 capitéis espalhados pela cidade. Nós só conseguimos visitar 3, pois os mesmos estão espalhados por toda zona rural, o que dificulta o acesso. Também não existe nenhum mapa com as localizações corretas. Lembrei muito da Giorgia e de sua bonita fé ao tirar fotos deles.

Réplicas dos 21 Capitéis espalhados por toda zona rural


Visitamos mais casas tombadas que com exceção da farmácia vimos apenas à fachada. Depois visitamos a Gruta Natural. Dizem que tem mais de 1 século e que é obra total da natureza. Com todos que conversamos, sempre o mesmo comentário surgia: “Desde que me conheço por gente, nunca vi aquela fonte secar. Nem nos anos mais cruéis de seca, aquela fonte secou!”. Fonte com água limpinha e muito gelada. Lugar para rezar com uma energia incrível e uma paz imperturbável.

Interior da Farmácia com movéis e pinturas originais


E como ninguém é de ferro, já que fazia uns 37 ºC a sombra, fomos ao supermercado local (que aceitava cartão, ora vejam!) e nos abastecemos de latinhas de cervejinha gelada para nos acompanhar pela caminho de volta. Paramos para tirar fotos de uma flor lindíssima que está por toda parte. (Mais tarde descobrimos que era, nada mais, nada menos, do que Lírio do Campo!). Como estávamos literalmente no meio do nada foi muito engraçado e de certa forma muito bom, quando um motoqueiro local parou para perguntar se estávamos “empenhados” e se precisávamos de ajuda. Sorrimos e agradecemos informando que estávamos apenas tirando uma foto. Coisas de cidade do interior, onde a gentileza, a educação e a preocupação com o próximo ainda persistem, apesar de tanta violência.


Olhai os lírios do campo


Chegamos na nossa cabana e fomos direto sentar na “sacadinha” para conversar e ver a o movimento enlouquecido das galinhas d’angola. Um show a parte com cerveja hic quer dizer hic com certeza. Hehehehe. Nunca vi coisa igual. Ficam correndo muito rápido uma atrás da outra, ou melhor, um atrás do outro, já que são os machos que fazem essa maratona dos animais. São verdadeiros atletas! Tanto que não consegui tirar uma fotinho se quer dessas peças únicas, pois elas não paravam 1 segundo. Uma pena, pois são uns bichinhos pra lá de bonitinhos e engraçadíssimos.

Para terminar a noite um jantarzinho com bife a milanesa, salada, pão sovado, sopa de feijão, polenta na chapa, vinho, queijo colonial, salaminho, suco de uva, caipirinha de cachaça de alambique com funcho e de sobremesa amendoim doce. Humm delícia.