quinta-feira, maio 27, 2010

Procurando um norte

Ando meio assim sem rumo. Meio sem inspiração ou talvez com inspirações demais.

Estava meio perdida e resolvi ler o que escrevi aqui nesse meu cantinho tão negligenciado. Quanta surpresa. Não é que eu até que escrevo mais ou menos? ;-)

Revi algumas coisas que me ainda me incomodam. Outras que deixei para trás.

Lembrei o porquê de gostar tanto daqui. Lembrei que sempre posso me re-descobrir através dessas palavras jogadas ao vento, mas que permanecem tão vivas dentro de mim.

Pensei que esse canto aqui não precisa ser o mais bonito, nem o mais visitado, muito menos o mais invejado. Precisa sim, ser verdadeiro. Conter as minhas impressões dessa vida tão infima que vivemos. Precisa ser honesto comigo e com os meus sentimento.

E precisa continuar me avisando: você poderá, se você realmente quiser!

See ya,

segunda-feira, maio 10, 2010

O primeiro... a gente nunca esquece!



Apesar do ano passado meu estado de mãe ser presente (estava grávida), foi somente nesse ano que pude comemorar na plenitude esse dia tão especial.
Aproveitei uma dica pra lá de bacana dos Destemperados e levei a família toda para comemorar o Dia das Mães no João de Barro. Decisão sábia. Fugimos das filas homéricas, da irritação de ter que esperar horas para comer e do barulho ensurdecedor dos restaurantes lotados.
Confesso que rolou um stress inicial até chegarmos ao local. -Segue mapa do site. Troca para Google Maps. Discute que não estamos indo na direção da bolinha piscando. Para e pergunta. Mas esse não serve. Para e pergunta para outro. Não sabe o caminho. Calma. Irritação. Alterações nas vozes. Pergunta de novo. Também não sabe e olha como se fossemos ETs. Para e pergunta para outro. Hum... Agora sim. Viu? Falei que estava certo. Estava nada. Não sabe seguir mapa. Não sabe usar GPS. Hum... Estradinha meio feia essa.
A entrada não é convidativa, mas por de trás daquele portão marrom está um jardim pequeno e um parreiral todo enfeitado para nos receber. Fomos uns dos primeiros a chegar. O proprietário o Sr. Marcos nos recepcionou calorosamente nos encaminhando direto para a mesa que tão prestativamente havia conseguido para nós alguns dias antes.

Apesar do São Pedro ficar brincando de liga/desliga o sol, a atmosfera do local nos remetia gradativamente a uma festa na colônia. Várias opções de pratos espalhadas por todo o quintal nos advertia para não gastar todas as fichas em uma aposta só. E o piano e demais instrumentos insinuavam claramente que a festa não era só para o paladar.

Lentamente outros sortudos foram se acomodando entre as mesas e cadeiras espalhadas e com a mesma alegria começaram a compor aquela festa do Dia das Mães.
Não vou comentar sobre a delícia do puchero (caldo de legumes e carne para quem não sabe), nem da costela macia, muito menos dos pimentões assados mais doces que eu já comi na minha vida. Também não vou contar que o antepasto de berinjela tem um segredo no tempero que te faz querer e querer mais e mais. E é claro que não vou dizer que a ambrosia e o rocambole de goiaba pareciam saídos daquelas fazendas do século passado.




Mas vou contar que a casa tem um jardim de temperos muito gracioso; que a cada olhar na decoração viajamos um pouquinho na história; que o som da vitrola tocando tango fez minha mãe e meu pai saírem dançando no meio do lugar; que as músicas antigas tocadas pelos músicos traziam lembranças para quase todos os presentes e que isso os enchia os olhos d’água.


Mas vou dizer principalmente que a alegria de minha mãe e do meu pai em compartilhar aquilo conosco não tem preço. Assim como não tem preço ter escolhido esse lugar para comemorar o primeiro ano como mãe do Nicolas.

Foi um Dia das Mães simplesmente divino! Que venham os próximos! :D