terça-feira, janeiro 16, 2007

O berro!

Hoje estou imensamente triste. Queria poder gritar. Queria que minha dor não fosse sufocada. O berro não dado é câncer crescendo na alma! Acordei com uma dor de cabeça tão forte que me deu ânsia. Era a dor da alma se manifestando fisicamente. Queria poder descrever tudo o que se passa na minha cabeça. Queria poder colocar em palavras escritas e faladas, o que deixa meu coração tão infinitamente pequeno. O que me faz faltar o ar.

Iria postar hoje sobre minha indignação. Mas Deus nos mostra de maneiras estranhas o quanto as vezes as nossas dores são pequenas em relação a de outras pessoas.

Como faço todos os dias a primeira hora da manhã fui visitar o blog da Giorgia que sempre tem uma mensagem que acalenta meu coração. Lá vi duas tristes noticias sobre a “partida” de dois seres.

Isso sim, é dor. O resto é recentimento, mágoa. Cicatrizes, enfim.

Gostaria de poder acalentar a dor dessas duas pessoas, mas nenhuma palavra poderá trazer paz para esses corações que testemunham a dor da perda. Apenas o tempo lhes trará um pouco de resignação, mas jamais recuperá o que foi perdido. Somente as lembranças trarão calor e alegria para animá-las, mas, na mesma medida, trarão saudades e com ela novamente dor.

Por isso, falar da minha tristeza soa tão infame. Soa impertinente e fútil. Mas ela existe. E como um grito sufocado, me traz inquietações.

Hoje estou magoada. Amanhã será que serão somente cicatrizes profundas ou serão feridas prontas para despertar?

Minha vontade de que o mundo seja diferente não necessarimante torna isso realidade.

Termino esse post com esse provérbio tão sábio:

“Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida" - provérbio chinês.