segunda-feira, novembro 24, 2008

A tirinha que nunca deveria ter sido criada.

Quando comecei a ler o post de hoje do Inagaki, achei estranho que o “amadurecimento” da Turma da Mônica trouxesse qualquer sentimento para seus antigos leitores. Nunca fui muito fã desses quadrinhos, sempre preferi as histórias do Tio Patinhas e turma, achava as historinhas da Mônica sempre muito simples, sem grandes aventuras. E talvez por isso mesmo, não pude, de imediato, entender a reação de Inagaki. Mas foi só tocar em algo que considero tão precioso*, que tudo mudou e pude ver as coisas por outro ângulo.
Se pudesse voltar atrás, gostaria de nunca ter lido clicado naquele link e jamais ter que me confrontar com a dor que essa tirinha me causou. Nominada por ele como a “tira mais triste de todos os tempos”, mais do que constatar que envelhecer é inevitável, ela representou para mim uma das mais dolorosas rupturas que vivi até hoje.
Com toda certeza ver Calvin olhar seu tão amado Haroldo com aquela indiferença que tanto nos magoa foi reviver momentos duros de minha vida. Momentos que pensava nunca iriam existir. Foi relembrar da dor de ver que, para minha melhor amiga, eu já não era mais a confidente para todas horas. Foi ver que havíamos crescido e que mesmo nos amando já não éramos tão essências como antigamente; que nossos segredos agora pertenciam a outros corações para serem compartilhados. Foi descobrir entre sussurros de alegria que ela estava grávida, mas que eu ficaria sabendo somente muito tempo depois. Não era mais um momento meu. Era o momento em que eu deixava de ser principal para ser coadjuvante. Era hora de cortar o “cordão umbilical” que nos unia, mesmo sendo apenas irmãs. Mas eu não estava preparada e, confesso que, ainda hoje, não estou.
Ela provavelmente nunca soube disso. Na verdade, talvez esteja descobrindo isso agora, enquanto lê esse post. Nunca tive coragem de confrontá-la, de perguntar, porquê? Chorei naquele dia como poucos em minha vida. Chorei por meses. Aquele segredo nos separou como nenhuma das piores brigas havia conseguido. A partir daquele dia, eu soube que tudo seria diferente. Não. Não deixaríamos de ser irmãs, mas com certeza não teríamos aquilo que quando criança achamos que jamais perderemos: a cumplicidade absoluta de todos os momentos.
É. Crescer é inevitável. Para alguns essa passagem é mais rápida e fácil. Para outros nem tanto. Duro perceber que o mundo externo consegue interferir na nossa essência mesmo que lutemos com todas nossas armas. Duro perceber que a criança que existe em nós tem que ser esquecida. Mas nada é mais duro do que perder nossa infantil ingenuidade de que seremos imutáveis para o resto de nossas vidas.


*Amo Calvin e Haroldo. Coleciono suas tirinhas porque nelas consigo enxergar um pouco de mim mesma.

quarta-feira, novembro 05, 2008

YES, WE CAN!!

Nossa! Inacreditável como uma eleição em outro país possa trazer toda essa comoção nas pessoas. Confesso que não sou a pessoa mais indicada para falar de política. Não gosto mesmo. Sei que isso é péssimo e depoem muito mal a meu favor, mas também não posso ficar mentindo e dizendo que sou super-mega-politizada. Não curto, não entendo e ponto. Te garanto que milhares de pessoas polizizadas tbm não entende, conhecem e curte outras tantas coisas que eu sei. Portanto...

Bom, mas esse post não é para falar de política (apesar de estar centrado nela!). Venho aqui apenas para registrar minha alegria ao ver que o racismo (mesmo que infimamente) tenha dado lugar ao bom senso e a razão. Que finalmente um povo elege um presidente, não mais por ser branco ou preto, mas simplemente por acreditar nas suas propostas. Posso estar sendo ingênua, pois alguns irão dizer que usaram a cor de Obama como plataforma política, e de certa forma, até concordo. Mas mesmo sabendo que houve muita jogada de marketing, muita estratégia em cima do fato de se eleger o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América, ainda assim, sabendo de tudo isso, me encanta a possibilidade e a esperança de que ver um mundo melhor onde os valores das pessoas não são medidos pela cor de sua pele, seu sexo, sua idade. Ver um país tão preconceituoso com tudo e com todos tenha dado esse pequeno movimento para um mundo melhor.

Yes, we can!

Para finalizar, a frase que Neil Armstrong disse ao pisar na lua, não poderia ser mais ideal para esse momento: "Um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade".

See ya,

terça-feira, novembro 04, 2008

Porque ainda existe esperança!

Tempo que não venho nesse cantinho. Falta inspiração, vontade e assunto. Sobra preguiça e desmotivação.

Mas hoje não poderia deixar de vir aqui e falar sobre algo tão bonito e precioso nos dias de hoje. Principalmente, porque da última vez que estive por aqui o assunto era tão pesado e negativo, e o de hoje e tão leve e brilhante.

Faz tempo que quero divulgar aqui um blog que sou fã de carteirinha, mas por uma razão e outra, acabo sempre deixando para depois.

O blog MarcaMaria desenvolvido pelo talentosíssimo Faso é especial porque, ao contrário da corrente que governa nosso mundão, é dedicado para ajudar as crianças de nosso país. É um espaço dedicado a "colorir" um pouco da vidinha desses seres tão frágeis e tão necessitados de carinho. E é impossível não se contagiar com essa energia maravilhosa e solidária.

Bom, mas que quiser conhecer um pouco mais, passa por lá. O motivo, mesmo, desse post é pra divulgar um projeto maravilhoso do MarcaMaria chamado Feliz Natal Crafter.





O Feliz Natal Crafter nasceu de uma conversa entre blogueiros e cresceu para se tornar algo maior, algo que todos pudessem se engajar. A proposta do projeto é que cada pessoa que goste/trabalhe com artesanato faça um boneco criado pelo Faso, utilizando o passo-a-passo, e dõe para alguma instituição. Algumas pessoas ficarão responsáveis por recolher em cada região esses bonequinhos e entregá-los para as crianças carentes.



Não é barbaro? Mas deixa o próprio Faso explicar melhor, então não deixe de passar por lá e quem sabe fazer parte dessa nova corrente do bem?



Eu me candidatei a recolher o da minha região, vamos ver o que ele acha.

Atualizando: agora é oficial: irei recolher os bonecos a serem doados aqui na minha região!

Bom, perdoem o português, mas preferi escrever o post rapidinho do que ficar revisando tudo, ok?



See ya,