Quando beleza não põe mesa!
Ando meio desmotivada para escrever, para variar um pouco. Assunto até que eu tenho, mas ocupo meu tempo vendo pessoas hiper talentosas que quando me volto para meu trabalho acabo sem vontade de criar. Perfeccionismo? Talvez. Sempre acho que o trabalho do outro tem mais qualidade do que o meu.
Mas hoje não é esse assunto que quero falar, já que vira e mexe o assunto é esse. Hoje quero falar sobre meu passeio no feriado de Páscoa.
Vou começar dizendo que o porquê do título. Há muito eu havia descoberto essa pousada em Pelotas, na época estava procurando lugares interessantes para visitar na minha lua-de-mel. De cara fiquei encantada com a beleza do lugar e com a história por trás daquele recanto. Mas acabamos optando (meu marido e eu) por deixar Pelotas fora da nossa rota, pelo menos naquela viagem. Ficava então uma boa desculpa para viajarmos em uma próxima ocasião.
E essa oportunidade veio quando minha irmã e meu irmão nos convidaram para passear no feriado de Páscoa. O projeto inicial era irmos para o Uruguai, porém como meu afilhadinho não suporta viagens muito longas, sugeri de conhecermos Pelotas. Fui logo falando para eles entrarem no site da pousada. Não deu outra, foi paixão a primeira vista!
Reserva feita com mais de 1 mês de antecedência, partimos para Pelotas na sexta-feira Santa. Depois de almoçar em Rio Grande (tínhamos ido buscar a namorada de meu irmão), chegamos à pousada por volta das 15h00 horas. Enquanto todo mundo se instalava resolvi dar uma olhadinha ao redor. Fui direto para a piscina, já que fazia um tremendo calor, imaginando que depois de me instalar um banho ia ser show de bola. Qual minha surpresa? Um monte de operários montando estrutura para aquilo que parecia ser uma festa de casamento. Dito e feito. Perguntei para o menino que nos recepcionou se aquilo era uma festa. Ele prontamente informou que sim, que haveria um casamento no dia seguinte, que deveria durar até as 18:00. Como assim?! E os hóspedes? E a gente?! E toda a infra-estrutura apresentada no site? Paz, tranqüilidade, piscina, café da manhã admirando o rio?
Fiquei muito indignada, mas meus irmãos me disseram que já havíamos pago metade das diárias (sim, com antecedência!). E não adiantava nada brigar àquela hora e estragar nosso passeio.
Resumo da ópera: não pudemos aproveitar a piscina na sexta, no sábado tivemos que ficar o dia inteiro fora e quando chegamos, a festa ainda ocorria. Som alto, trânsito no estacionamento e uma baita de uma irritação.
Conversamos com a proprietária que nos informou que eles têm o costume de alertar seus hóspedes no momento da reserva sobre inconvenientes como esses. Só que isso não aconteceu conosco. Informamos que em nenhum momento fomos informados sobre o casamento e que havíamos ligado várias vezes em busca de informações, portanto oportunidades foram o que não faltaram nesse caso. Para tentar amenizar nossa indignação nos ofereceu diária prolongada no domingo ou se quiséssemos uma diária em haver pra uma futura visita. Eu não queria aceitar, por mim não pagava era nada. Mas novamente fui voto vencido. Aceitamos a opção de uma diária prolongada no domingo. O que só nos serviu para descansar um pouco, já que esfriou e não pudemos aproveitar a tão sonhada piscina.
Agora já sabem o porquê do título. Nem sempre um lugar lindíssimo é a melhor opção. Precisamos mais do que apenas lindas paisagens e acomodações. Precisamos de bom atendimento, simpatia e respeito, acima de tudo. O lugar é inegavelmente deslumbrante, mas não oferece aquilo que alguém que busca uma pousada procura: tranqüilidade e bons anfitriões. Se eu quisesse frieza no atendimento e respostas prontas, procuraria um hotel. Quando busco uma pousada quero ser atendida pelos proprietários. Quero ser recebida com um sorriso no rosto, um chimarrão quentinho e uma boa conversa.
E tudo isso é o que você não encontra na Pousada Charqueada Santa Rita. Assim como não encontra um museu do charque ou espaço para andar a cavalo. O museu é um espaço de no máximo 2X3 metros, onde se encontram figurinos utilizados em uma peça, algumas cadeiras, posters e ilustrações. Tudo cheirando a mofo e descaso. Nada remete ao charque, a não ser uma maquete do que teria sido a antiga charqueada Santa Rita. E andar a cavalo só se for para fora da propriedade, já que a mesma é bem pequena. Ah! Se for andar fora, tome cuidado, pois a localização da pousada é bem ruim, em um bairro mais retirado, meio periferia.
Ah! Mas o visual da pousada é deslumbrante....
See ya,
ps: quem quiser pode dar uma olhadinha nas minhas fotos lá no flickr.
Um comentário:
Pil, valeu pela dica. O Cotiporã seguramente receberá uma visita destemperada. Daremos o crédito à ti, sem dúvidas!!!
Grande abraço e mais uma vez, valeuzão :-)
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